domingo, 12 de setembro de 2010
A ALEGRIA E GRATIDÃO DO CRISTÃO
Com efeito, grandes coisas fez o Senhor por nós, por isso mesmo, nós, os que cremos verdadeiramente em Deus e em seu Filho Jesus, devemos sempre estarmos alegres e gratos.
Mas infelizmente, somos sempre levados a olhar para o nosso lado lamacento e obscuro que nos atingiu durante toda a nossa vida e muitas vezes continua nos atingindo nos dias de hoje. E é com isso que gastamos muito tempo de nossas vidas, pensando nas dificuldades e provações que passamos e ainda estamos passando, esquecendo que Jesus, na cruz, já levou nossas culpas e transgressões. Por isso, nossa conduta diária, deveria ser o de sempre falar de coisas maravilhosas que Deus tem feito por nós. Devemos perder a velha mania de sempre nos lamentar e falar dos nossos permanentes e intermináveis conflitos, as nossas profundas aflições, as tristes adversidades e a pecaminosidade de nossos corações, e começar a pensar nas referencias da misericórdia e da grande ajuda que Deus têm nos proporcionado todos os dias de nossa vida.
Devido alguns acontecimentos nestes dias, que quase teve um final trágico para meu filho de três anos, resolvi que, quando perguntado sobre como é a minha vida cristã, serei como um crente, cuja alma se encontra em estado saudável, e me apresentar com alegria e dizer: “Não falarei a respeito de mim mesmo, mas sim da honra de meu Pai celestial. Ele me tirou de um poço de perdição, de um tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos. E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus, (Sl 40:2-3). O Senhor tem feito grandes coisas por mim e por minha família, por isso, estou com o coração transbordante de alegria e agradecido a Deus por tudo.” Creio que esta resposta, repleta de relatos e experiências como estas, é o melhor que, como filho do Deus Altíssimo, posso oferecer.
É bem verdade que ainda sofro provações, mas também é verdade que sou liberto de todas elas. É verdade que ainda tenho minhas depravações, herança de uma vida passada e secularizada de prostituição, mentiras, roubos, bebedisses e depravações de todo o tipo, e as reconheço todas, estas, e muitas outras, que me trazem uma profunda dor e tristeza em meu coração; mas é igualmente verdade que eu creio, em um Salvador Todo- Suficiente, que vence todas estas corrupções e me livra do seu domínio. Ao olhar para trás, seria errado negar que eu tenha estado no pântano do desanimo, e tenho me arrastado pelo vale da humilhação, mas também seria uma grande injustiça não reconhecer, que tenho passado por eles com segurança e proveito. Não permaneço neles, graças ao Nosso Poderoso Líder que nos trouxe à um lugar espaçoso, com está escrito em Salmo 66: 12c, e que diz: “... Porém, afinal, nos trouxeste para um lugar espaçoso.”
Portanto, quanto mais profundos forem meus problemas, tanto mais elevada será minha gratidão a Deus, que me conduziu através de todos eles e me preservou até agora, e creio que continuará a sua boa obra em mim,me conduzindo e me preservando até o dia em que Ele, o Soberano, me chamar para sua gloria eterna.
A minha tristeza momentânea não pode estragar a melodia do meu louvor; tenho que considerar o tom da musica da minha vida: “Com efeito, grandes coisas fez o Senhor por mim, por isso estou alegre.”
Reconheço que, por muitos anos de minha vida, andei por caminho errados e tortuosos, longe do Senhor Deus, minha vida sempre foi traçada na prostituição, mentiras. Vivia na perversão, achando que teria que viver nos prazeres que a vida mundana me oferecia, pois assim estava aproveitando o melhor. Ledo engano, pois isso só me trouxe tristezas e infelicidades. Dois casamentos destruídos pela mentira, e um filho que nasceu, de uma noite em que destruí a vida de uma mulher, e uma criança que veio ao mundo e nem conhece o seu pai ainda, depois de 7 anos, fui apenas uma vez para vê-lo. Mas Deus em sua infinita misericórdia e em seu grande amor por mim, tem reconstruído esta historia de perdição, em uma bênção, para mim e para minha nova família. O que antes era maldição, tem se transformado em testemunho daquilo que Deus pode fazer na vida de qualquer pessoa que se disponha a aceitar Jesus como seu único e suficiente Salvador e Senhor de suas vidas. Creio que Deus teve um propósito em me deixar no poço de perdição e no tremedal de lama, e depois ter me resgatado de lá, firmado meus pés em rocha firme, e colocado em meus lábios um novo cântico louvor a Ele.
E é com este espírito de alegria e gratidão, que eu posso fazer a minha confissão de fé, na certeza de que o Senhor deus continuará fazendo grandes coisas por mim:
1º - Creio em Deus Pai, que me criou, a mim e a todas as demais criaturas, e as colocou ao meu redor,para que com elas compartilhasse o dom supremo da vida. Também par que com elas eu aprendesse o verdadeiro sentido do amor. Amor este que Deus compartilha com a sua criação. Aprendesse a compreender,que cada ser tem uma identidade única e portanto merece to o respeito. Que cada ser criado por Ele, é um templo do Espírito Santo e , que não deve, de maneira nenhuma, ser violado por mim. E que eu, também sou templo do Espírito Santo, e preciso me respeitar, tanto o corpo como o espírito.
2º - Creio em Deus Filho, que me salvou, a mim como ser humano perdido, me resgatando do poço de perdição e de um tremedal de lama,que pelo seu amor e misericórdia, a si mesmo se fez oferta de expiação pelos meus pecados, dando a sua própria vida para que eu alcançasse o perdão para todas as minhas transgreções, e pelo seu sangue, derramado na cruz, minha alma fosse lavada e purificada.
3º - Creio em Deus Espírito Santo, que me chamou, que me santificou e que me conserva na verdadeira fé.
- Que me chamou, para ser seu o emissário,com o meu testemunho da transformação de minha vida pecaminosa, com a pregação do Seu Evangelho e com a minha nova forma de viver e agir para com todos.
- Que me santifica todos os dias de minha vida, desde o dia em que me resgatou daquele poço de perdição e do tremedal de lama. E que toda a vez que meus pés tropeçam em alguma Pedra no meio do caminho e caio, Ele está sempre ao meu lado dizendo: “ Levante e continue, seja forte e corajoso, pois por onde andares, estarei sempre contigo. Não olhes para trás, Eu já apaguei todas as tuas transgreções.”
- E que me conserva na verdadeira fé, pois o meu foco, o meu propósito de vida, é o de fazer a minha parte par conquistar o Seu reino de gloria, e tenho muito a fazer para alcançá-lo, mas como um atleta corro com o fim de vencer todos os obstáculos e receber o galardão final.
Sou, e serei sempre grato a Deus, por todas as coisas que ele tem feito em minha vida. Deu-me uma esposa maravilhosa, que tem sido minha companheira, amiga, que coloca meus pés de volta ao chão quando começa os devaneios, que me deu um filho maravilhoso, amoroso e carinhoso. Crato adeus pois Ele tem transformado minha vida todos os dias, colocado em meus olhos um nova forma de ver as pessoas, a natureza enfim de ver a vida melhor e com esperanças renovadas de que Ele ainda fará muito mais por mim e pela minha família.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
MEDITAÇÃO SOBRE 1Co 12: 7-11.
A primeira carta de Paulo aos coríntios provavelmente é um dos textos mais chocantes do Novo Testamento para os cristãos. Sua realidade – uma igreja briguenta e, ao mesmo tempo, cheia de carismas – confunde e espanta os leitores, especialmente por mostrar questões que até hoje se apresentam quase da mesma forma nas comunidades.
O presente estudo pergunta pelo sentido dos carismas. Ao examinar o texto, será possível perceber de que forma Paulo encara as manifestações do Espírito e que critérios há para nortear seu uso na comunidade de Corinto, com o fim de extrair lições para hoje.
Os carismas relacionados no catálogo dos versos 8-10 aparecem separadamente em diversos textos, mas não sendo interessante analisá-los
Paulo também apela para a questão da utilidade dos carismas na comunidade (v.7,11). Tudo deve ter um fim proveitoso, senão está fora dos critérios do Espírito. Para Paulo, as questões são generalizadas, totalizadas e universalizadas na argumentação.
A argumentação paulina faz vistas ao ensino. Para tanto, utiliza-se do gênero parênese (exortação, discurso moral) comunitária. São textos caracterizados por expressões como “cada um”, “o outro”, “todos”. Neste período em Corinto parece ainda não haver uma hierarquia estabelecida na comunidade, portanto “cada um” deve contribuir pessoalmente para o “fim proveitoso de todos”. O problema da coexistência dos dons teve de ser elaborada para apresentar a vida em unidade como uma expressão de nova justiça.
Esta lista de carismas demonstra a multiplicidade, cuja unidade aparece explicitamente apenas no cabeçalho. Ela não constitui, como outras, virtudes a serem seguidas, ou buscadas pelos cristãos, antes, parecem ser um material próprio de Corinto, que Paulo se utiliza para mostrar que carismas diferenciados provem de uma única fonte e convergem para um único fim, o proveito. Sendo decisão do Espírito a concessão dos mesmos como lhe apraz. Isso é relevante por demonstrar o aspecto peculiar dos carismas, isto é, Paulo não parte de uma regra geral, mas de uma situação peculiar existente em Corinto, já que essa é uma lista única, diferente da que aparece em romanos 12.
A apresentação desta lista de carismas dentro do esquema “cada um” e “segundo o mesmo Espírito” é um reforçador de sua idéia de unidade/ multiplicidade. Apresenta os carismas em uma perspectiva horizontal, em que todos têm o mesmo peso e a mesma finalidade, não permitindo sobreposição de pessoas.
Destaca-se ainda que Paulo termine a sua lista apresentando carismas que tratará mais especificamente no capitulo 14, o que indica que pode estar aí o cerne na discussão. Da mesma forma ocorre no primeiro carisma apresentado, “a palavra de sabedoria”, pois diversas vezes na carta ele fala a respeito de sabedoria (1: 19-31; 2: 1, 4, 6-7) geralmente de forma negativa. Isso pode indicar que houvesse ali pessoas tidas como superiores em sabedoria, ou que algum tipo de pregação gnóstica florescia no ceio da comunidade, desviando-a do evangelho pregado por Paulo.
APLICAÇÃO:
Os carismas, depois de muito tempo esquecidos na prática da igreja, ressurgem com força total, especialmente com os pentecostais, com sua ênfase no Espírito.
Contudo o entendimento dos carismas provoca polêmica desde os tempos Bíblicos, especialmente na comunidade dos coríntios, que dava grande ênfase aos aspectos místicos da fé. O apóstolo Paulo parece conciliar e condescender com tais práticas, mas procurava estabelecer critérios que regulamentam os dons na vida da igreja. Seu propósito máximo é a unidade. Se isso não ocorre, o carisma perde o seu sentido e, portanto, não pode ser do Espírito, que não contraria a si mesmo. O critério da unidade era o ponto convergente numa estrutura em que a hierarquia era apenas nascente.
Este texto tem sido usado indistintamente para justificar determinadas manifestações do Espírito nas comunidades. Ao invés de promover unidade, os argumentos de Paulo se tornaram dogmas determinantes para saber se alguém tem ou não o Espírito. Com isso, perde-se a grandeza de um argumento que parte da realidade de um grupo de cristãos, absolutizando o que possui maior riqueza exatamente na relatividade.
A igreja dos coríntios ensina os riscos da apropriação indevida dos carismas: dissensões, divisões, choques de liderança, desvios da centralidade do evangelho, que é a justiça e a paz
OREMOS
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Texto: Mateus 16: 13 – 16.
Eu vejo, nestes versículos de Mateus que há um chamado especial deJesuspara cada umde nós. E creio que este é o mais importante de todos os chamados, pois este por si só é um chamado especifico. Aqui somos chamados a conhecer, ou melhor, a reconhecer o que o Senhor Jesus representa verdadeiramente em nossas vidas. Não por aquilo que os outros dizem ser o Senhor Jesus, mas por aquilo que nós O vemos e O sentimos.
Desde Gênesis até o Apocalipse lemos várias designações sobre Jesus, vou comentar apenas algumas coisas do que os outros dizem a respeito do Senhor Jesus:
- No evangelho de João 1: 29 João Batista vê o Senhor Jesus como “O cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”, ou seja, aquele que seria imolado, como forma de sacrifício vivo para expiação dos pecados, não de uma pessoa, mas de todas as gerações do presente e do futuro. Com Ele findaria todos os outros sacrifícios.
- Ainda no Evangelho de João 3: 2 Nicodemos disse a Jesus: “Rabi, sabemos que é mestre vindo da parte de Deus”, Mestre é aquele que ensina, o qual devemos nos colocar aos seus pés e aprender dele, os Judeus tinham muito respeito pelos “mestres da lei”, e para Nicodemos Jesus também era mestre, porem Ele estava acima de todos os outros mestres, pois Jesus era “Mestre vindo da parte de Deus”.
- Continuando ainda no evangelho de João 20: 28 Tomé depois de duvidar e de tocar nas feridas de Jesus exclama: “Senhor meu e Deus meu”, e o próprio Jesus o exorta dizendo que assim ele fala por O viu e tocou em suas feridas, porém mais feliz e aquele que não viu e creu. E nós o que podemos dizer se não O vimos e nem O tocamos, como reconhecê-lo?
- Na 1ª epistola aos Corintios 2: 8 o apostolo Paulo enaltece a Jesus como o “Senhor da gloria”, creio que aqui nenhum de nós seria capaz de perguntar “SERÁ?”.
- No evangelho de Lucas 2:11 os anjos louvaram-No como o Salvador, assim com os muitos profetas no A.T. assim o fizeram, e aqui eu ressalto o maior profeta messiânico Isaias, que anunciava a vinda do “Salvador do mundo”, “a Luz que resplandece das trevas”.
- No capitulo 17: 5 do evangelho de Mateus lemos que o próprio Deus testifica a respeito de Jesus quando diz: “Este é o meu filho amado, em quem eu me comprazo”, na NVI diz: “em quem me agrado”. Este era o filho querido, amado, a quem Deus se agradava, tinha orgulho, sentia um prazer enorme em se relacionar com Ele. Sentia uma enorme alegria ao tê-lo gerado.
- E agora no versículo 16 Pedro diz: “Tu és o Cristo o Filho do Deus vivo”. Nós temos atribuído a Jesus muitos outros títulos, mas creio que todos esses títulos são moedas gastas. Esta resposta de Pedro compreende Jesus com uma designação que é de natureza totalmente diferente de todas as citadas. “O CRISTO”, “O MESSIAS”, “O UNGIDO”. Consagrado pelo próprio Deus para ser Rei, profeta e sacerdote da sua graça, são termos que rompem qualquer medida humana, por serem totalmente de origem divina.
Creio que naquela hora do Senhor Jesus com os seus discípulos no lugar solitário lá nos altos de Cesaréia de Felipe foi verdadeiramente uma hora formidável e extraordinária. Mateus a descreve de forma solene e séria, designando o discípulo Pedro pelos seus dois nomes Simão Pedro. Ao responder-lhe, Jesus contrapôs esses dois nomes num contraste consciente e significativo.
Vamos repetir mais uma vez a resposta, a fim de gravar a enorme importância dessa confissão: “Tu és o Messias”, é o Cristo, ou seja, não um ungido qualquer, mas O UNGIDO por excelência, não uma pessoa esperada qualquer, mas o esperado por excelência. O realizador de tudo aquilo que o A.T. falou, indicou e sugeriu, capitulo por capitulo.
Através dessa confissão de Pedro, estava fundada a comunidade do NT, em contraposição à do AT. O Senhor Jesus sentiu a felicidade do momento, no qual obteve a certeza de que, apesar de tudo, tinha lançado raízes entre a humanidade e conquistado nela uma comunidade que continuaria sendo dele, apesar de todos os poderes do inferno. Como o Senhor Jesus se alegrou que seus discípulos o reconheceram! Eles não tem apenas opiniões sobre Ele, não, eles o aceitaram no seu coração. Eles não têm vergonha de ficar junto Dele, apesar do julgamento negativo do povo.
E agora fica para nós a pergunta inicial para refletirmos, não por alguns minutos, mas para a semana, e por que não dizer, para o resto de nossa vida: “o que é o Senhor Jesus aos meus olhos e ao meu coração?” Me atrevo até a repetir a mesma pergunta que Jesus fez aos seus discípulos: “e vós, quem dizeis que eu sou?”.
OREMOS
terça-feira, 4 de maio de 2010
Afinal de contas o que é, e como andar em amor?
O amor é freqüêntemente discutido. Fala-se em amor ambisioso, amor pelo próxio, com cobiça, interesseiro, sexual, fraternal... e uma outra infinidade de adjetivos. Porém a pergunta que fica e não quer calar é: o que o presbítero João quer dizer qundo escreve: "que vocês andem em amor"?
Creio que, em primeirolugar, nós devemos andar na fé. Esta mesma fé que não romantiza o "amar seu inimigos, arar pelos que vos perseguem". Andar na fé é viver esta palavra, ainda que difícil de concretizá-la. E como conseguir andar nesta fé?
Quando aceitamos a Palavra de Deus, quando passamos pela experiência única da conversão, somos ungidos pelo Espírito Santo através de Jesus, o Cristo. E é este Espírito que nos orienta no conhecimento, nos ensina e permanece naqueles que obuscam de todooseu coração.
Esta é a única verdade que devemos crer, que nos preenche de sabedoria e discernimento. Pois esta verdade nos foi dada pelo próprio Jesu de Nazaré, o verdadeiro Cristo.
E todas estas coisas nos impulsionam invariávelmente para o amor, esse ao qual chamamos de amor ágape, o amor que não admite imoralidades, mentiras, apegos a coisa alguma e sabe discernir a verdade.
Portanto este é o mandamento que deve ser gravado para sempre em nossos corações: "QUE VOCÊS ( e eu também) ANDEM NESSE AMOR".
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
“GIDEÃO, UM GUERREIRO MEROSO.” – Jz 6. 11- 24.
Gideão, em sua simplicidade de homem do campo, foi um guerreiro medroso, e apesar de tudo isso podemos aprender preciosas lições com ele.
Como em todo o livro de Juizes, o capítulo 6 começa em seu verso 1 falando que os filhos de Israel fizeram o que era mau perante o Senhor. Deus por sua vez, a fim de disciplina-los, entrega-os nas mãos dos medianitas. Povo mau e perverso, que saqueia tudo o que era dos israelitas, destruindo plantações, roubando-lhes bois e ovelhas, com isso deixando Israel sem sustento algum.
O povo de Israel estava realmente em uma situação de extrema penúria, e mais uma vez, sem nenhuma saída, clamaram ao senhor que tirassem desta situação deveras calamitosa.
Também nisto nós podemos aprender um pouco com este povo de Israel. Muitas vezes, só nos lembramos verdadeiramente de Deus quando estamos passando por algum apuro. Quando nos encontramos em situações difíceis, na hora da tribulação. E neste ponto, amados irmãos, nada nos diferencia do povo de Israel, retratado aqui no livro de Juizes. Mesmo sabendo que Deus condena algumas atitudes nossas, algum comportamento duvidoso de nossa parte, muitas vezes as palavras que proferimos, não condizem com a fé que professamos, mesmo assim somos impelidos a cometer tais delitos que nos condenam e que mais tarde nos trazem o remorso e com ele o arrependimento e o clamor a Deus.
Mas Deus em sua infinita bondade e misericórdia mantêm sempre os seus ouvidos sempre atentos as nossas suplicas, e assim não foi diferente com o povo de Israel. Primeiro Deus levanta um profeta para falar com o seu povo, e depois vem à resposta definitiva de Deus, o chamado de Gideão, “o guerreiro medroso”. E é justamente sobre este chamado que eu quero falar.
Vamos discorrer no capítulo 6, versos de 11 até o24, e juntos descobriremos lições importantes para nossa vida.
O primeiro ponto que me chama a atenção é no chamado de Gideão. Deus o chamou do seu trabalho na colheita, para o Seu serviço. Gideão estava no seu trabalho, escondido dos midianitas, quando o Anjo do Senhor lhe apareceu. Creio que jamais passou pelo seu pensamento que ele pudesse ser um libertador, um guerreiro na obra do Senhor. Fato semelhante a este, podemos também observar em Atos 13.2, quando o Espírito Santo manda que separem Barnabé e Saulo (Paulo) para a Sua obra. Talvez os dois também estivessem nos seus afazeres profissionais, pois como sabemos Paulo era fabricante de tendas. Porém Deus chama pessoas que às vezes, em nossa visão humana, jamais serão capazes de cumprir uma tarefa exigida por Deus. Gideão se julgava assim, incapaz. Quantos de nós neste estamos sendo chamados, pois todo aquele que entrega verdadeiramente a sua vida a Jesus, de certa forma é chamado, separado por Deus para pregar a boa nova e ser Sua testemunha neste mundo secularizado. E qual tem sido a nossa resposta para este chamado que Deus tem feito? São respostas de dúvidas? Incertezas? Lamurias? Ou a nossa resposta é como a de Isaias: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6:8c - ARA).
Gideão achou-se incapaz. Primeiro questionou a Deus pelo sofrimento do seu povo, colocando em dúvida se realmente Deus amava realmente o povo de Israel. Será que a nossa atitude, muitas vezes, diante do sofrimento ou da angustia, não é semelhante, ou até igual à de gideão? Quantas vezes em nossa vida não colocamos em duvida o amor de Deus para conosco? É só aparecer uma pequena tribulação em nossa vida, para vir às murmurações: Porque comigo Senhor? Sou fiel no dizímo e nas ofertas. Oro todos os dias. Jejuo regularmente. Nunca deixo de fazer boas obras. Etc., etc., etc. Mas não reconhecemos que é nas tribulações que aprendemos sobre paciência, resignação e humildade. A maior escola
O segundo ponto é que, quando Deus nos chama, Ele também garante a sua presença conosco. E aí está o grande segredo da vitória. Enquanto o povo de Israel deu as costas para Deus, tentando sobreviver pelas suas próprias forças, só atraiu para si desgraças, tribulações e fome. A maior justiça que Deus faz com os homens é a de deixá-lo à sua própria sorte (ou azar). Nós não podemos caminhar pelas nossas próprias pernas. É Deus que nos sustenta em todos os sentidos. Quando decidimos caminhar por nossa própria conta, a tendência é a derrota antecipada.
Para as dúvidas de Gideão, Deus garantiu a sua presença com ele por duas vezes, nos versos 12 e 16, dando a certeza que a vitória era eminente, e que Gideão não precisava temer.
Assim é com o nosso chamado. Quando Deus chama, é porque Ele já esta a frente de tudo, basta que nós deixemos que Ele nos capacite, basta entregar a Ele a resposta “SIM, EIS-ME AQUI, USA-ME A MIM”, EO MAIS Ele fará. Não se ache fraco ou incapaz, para Deus, todos nós, independente de escolaridade, fluência verbal, timidez ou outras tantas desculpas, todos nós somos capazes de cumprir ao chamado de Deus para a nossa vida. Pois se Deus levantou a te um jumento para falar por Ele, que dirá o que não fará por cada um de nós, que nos depusermos a este chamado. Você quer experimentar as maravilhas de Deus em sua vida? Então diga sim ao seu chamado. Deixe que Deus use a sua vida para o propósito Santo e perfeito dEle. Não coloque dúvidas, tenha a certeza de que Deus esta ao seu lado e que a sua vitória e certa, pois Deus te escolheu, e isso é um privilegio para você e para mim.
O terceiro ponto fica por conta da tarefa a ser cumprida. No verso 14, Deus ordena que Gideão vá libertar Israel do jugo dos midianitas. É neste ponto que surgem todas as dúvidas e que todos nós somos campeões absolutos
O quarto ponto é que quando Deus chama, Ele já nos dá a promessa de vitória, pois o Deus ao qual servimos não é um deus de mentiras, é um Deus verdadeiro. Para Gideão era difícil crer que aquele anjo era o enviado do Senhor, e que aquela promessa no verso 16, dizendo que Deus estaria com ele e sendo assim, Gideão iria ferir os midianitas como se fosse um só homem, é mesma promessa de Deus a Josué 1:6 : “Se forte e corajoso” (ARA), e também para Isaias 41:10ss.: “Não temas porque sou contigo...” (ARA).Estas promessas também são para mim e para você, não coloque dúvidas em seu chamado, não deixe que ninguém venha perturbar a sua paz, não deixe que ninguém roube de você aquilo que Deus tem reservado sopra você. Se forte e corajoso, não temas,por que Deus esta contigo, Ele é o Deus todo-poderoso, é Ele que te fortalece, que te ajuda e que te sustenta com a sua destra fiel e poderosa “[1]. Para nós os privilegiados deste chamado nos resta dizer sim e nos entregarmos de corpo e alma a Deus e cumprir com os propósitos de Deus. Se o seu chamado é o de evangelizar, então saia do seu lugar comum, da sua zona de conforto e espalhe a Boa Nova , fale do amor de Deus a toda a criatura. Se o seu chamado é o de orar, comece já dobrando o seu joelho e clame pelas criaturas do mundo que ainda não conhecem o amor de Deus, ore pelos muitos missionários espalhados pelo mundo todo que sofrem perseguições por causa do evangelho, muitos estão passando por privações. Eu não sei qual é o seu chamado. Não sei para que Deus carinhosamente te separou. Mas uma coisa eu sei, que no dia que você aceitou Jesus como seu único e suficiente salvador, Deus te separou para uma tarefa especifica na sua obra redentora de salvar o homem todo. Agora só depende de você se dispor a dar a resposta que Deus quer ouvir de você. E depois deixe Deus agir , Ele vai te capacitar, e o mundo verá com grande admiração o milagre de Deus operar em sua vida. O milagre que Deus operou na vida de Gideão, Josué e muitos outros,também poderá ser o seu milagre, queira do fundo da sua alma, se disponha ao serviço de Deus. Ele que fazer grandes maravilhas através de você, Ele esta te dando a promessa de vitória,não perca mais tempo com desculpas esfarrapadas. Dificuldades virão sim. Deus não disse que seria fácil ou um mar de rosas. Se nem seu filho amado Jesus Ele poupou de tribulações e sacrifícios. Mas Ele tem a promessa de estar conosco todos os dias até a consumação dos tempos. Portanto se você já sabe qual é o seu chamado, não perca mais nem um minuto, vá cumpri-lo, é isso que Deus espera de mim e de você neste momento.
E o quinto e último ponto que podemos aprender com Gideão é que a paz interior nos dá a confiança na vitória. Depois de Gideão se lamentar e se desculpar; de pedir provas concretas de que realmente era Deus que o estava ordenando a tudo aquilo. Então seu coração foi invadido por uma paz, e com esta paz veio também à certeza da vitória. Enquanto em nosso coração não vier esta paz que ultrapassa qualquer entendimento humano, nós nunca teremos certeza do nosso chamado. E como obter esta paz? Gideão preparou uma oferta de cabrito e pães asmos para que ele obtivesse a certeza do seu chamado, e Deus aceitou a sua oferta e então sobreveio a Gideão a paz que ele necessitava. Sabemos hoje, que não necessitamos mais fazer este tipo de oferta, mas existe uma coisa que Deus exige que façamos, e que Jesus nos ensinou e nos deu exemplos, que é a oração. Ore fervorosamente. Se você não tem certeza do seu chamado, ore a Deus para obter esta certeza. Se você já sabe qual é o seu chamado, mas tem dúvidas, ore para Deus tirar todas as dúvidas. Se você tem medo do seu chamado, ore para Deus lhe fortaleça. Se você não se acha capaz, ore a Deus para que Ele te capacite. Ore, ore,ore não cesse de orar em todo o tempo e lugar. Ore quando estiver no serviço do Senhor, ore para ouvir mais a voz de Deus, ore por aquele a quem você tem proclamado o evangelho, orem uns pelos outros, orem pela Noiva de Cristo que a sua igreja, ore por você, ore pelo chamado daquele que não tem ouvido para ouvir ou não querem ouvir mesmo.
Deus nestes últimos dias tem provado a minha fé no meu chamado. Amigos e colegas de caminhada, quando são chamados para falar algo sobre a minha pessoa, simplesmente se calam, não existe uma palavra para mim, às vezes quando alguém fala, mesmo em tom de brincadeira, é a famosa “critica construtiva”.Mas Deus tem colocado em meu coração que não importa o que os outros pensam, mesmo falando ou em seu silencio constrangedor, o que importa realmente é o que Ele pensa e espera de mim. E o Seu chamado para a minha vida é muito claro, e eu já possuo esta paz, não tenho dúvidas, os meus temores Deus trocou pela coragem de enfrentar os obstáculos, minha fé continua inabalável, basta apenas eu continuar em direção do alvo. Creio na promessa de vitória, de colheita farta, na destra fiel e poderosa que me sustenta em tudo.