sábado, 16 de novembro de 2013

ORAÇÃO!

TEXTO: E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em caindo a tarde, la estava Ele (Jesus), só. (Mt 14: 23. – ARA)
            Para mim, é um pouco difícil fazer uma reflexão a partir deste tema tão pertinente que nos desafia com uma realidade que ultrapassa os nossos limites no que se refere a esta necessidade: desenvolver uma vida disciplinada de oração de acordo com uma espiritualidade cristã.
            Creio na necessidade de se destruir alguns mitos existentes em muitas de nossas comunidades:
1) O MITO DO “ESPIRITUAL” – A espiritualidade sadia e equilibrada que nós cristãos sempre procuramos, muitas vezes, é atravessada por um tipo de “espiritualidade doentia, quase sempre formatada e enclausurada dentro da perspectiva pessoal de oração.
            Quase sempre, nos preocupamos muito mais com o tempo gasto em oração coletiva, do na busca de uma vida piedosa. A piedade não dá IBOP nem mesmo nos traz a imortalização nos grandes ministérios.
2) O MITO DO LUGAR – Em Jesus percebemos que o lugar da oração é onde Deus habita: Ele habita é no coração do homem. Pois é em nosso coração que erguemos o altar verdadeiro. Creio que não existe “O LUGAR” propicio, o que existe realmente é um coração disponível para conversar com Deus e que faz deste momento, um momento para se relacionar com Deus.
3) O MITO DO COLETIVO – Confesso que tenho muita dificuldade de orar em grupo, ou até mesmo em publico, salvo em pregações e apelos, pois creio que este tipo de oração vem perdendo sua funcionalidade pratica. Muitos, nesta hora, pregam, outros evocam uma oração imprecatória e ainda muitos aproveitam para “profetizar” ou “descer a lenha” nos irmãos. Por isso não me sinto nem um pouco a vontade no meio das reuniões de oração, ou mesmo de orar em publico, mas tenho me esforçado muito, pois isso faz parte do meu ministério.
4) O MITO DO “HOMEM DE ORAÇÃO” – Isso menospreza aqueles que oram no silencio da busca através da quietude e do relacionamento estreito com Deus
            Os evangelhos não trazem este retrato de Jesus nem estimulam esta perspectiva de igreja. Em Mt 6: 6 diz: Tu porem, quando orares, entra em teu quarto e, fechando a porta, orarás ao teu Pai, que está em secreto... – por aí vemos que o evangelho caminha em outra direção.
            Quero agora me aprofundar mais nesta reflexao partindo de três perguntas básicas: 1) O que é oração? – 2) Como obter uma vida de oração? – como desenvolver uma vida de oração, enquanto cidadãos do reino?
1.    O. Hallesby diz que orar é permitir que Jesus entre em nosso coração. Que não é a nossa oração que Poe Jesus em movimento. É Jesus que nos leva a orar. Jesus nos ensina que em nosso ministério evangelístico e em nossa vida diária a oração deve ser sempre vista como ferramenta fundamental, vital e inseparável – ver: Mt 14: 23; Lc 5: 16; Lc 6:1.
2.    Gosto da frase de E. B. Boud, pois anula a questão da falta de tempo, quando diz que “a pessoa tão ocupada que não pode orar, também estará muito ocupada para viver uma vida santa”.
3.    Aprendemos com Jesus que o enfoque da oração é o próprio Deus e não nós mesmos (James Houston). Oramos não somente para desfrutarmos da experiência de orar, mas para nos comunicar com Deus, para submetermos a Ele, para amarmos e O servirmos. Houston nos ensina que a oração é a nossa resposta ao interesse demonstrado por Deus em nós e ao seu amor por nós.
E para finalizar, a busca por uma vida que equilibre espiritualidade e oração nunca foi fácil pra ninguém, também não será para nós.
      A. Tozer afirma que: “existe uma doce teologia do coração que só se aprende na escola da renuncia”. Quanto mais oramos, e a medida que o “eu” vai morrendo, mais vamos crescendo em vida com Deus.
      Resta-nos nestes dias tão “apressados” nos voltarmos à Deus, afim de buscar mais a sua face num ambiente tranquilo.
      Quando nos voltamos para Deus, somos por Ele atraídos e Sua vida cresce em nós, pois esta é a vida normal do cristão.
      Finalizo com estas belas palavras de Agostinho: Tu nos fizeste para Ti mesmo, e nossos corações ficam desassossegados enquanto não descansam em Ti.

A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo seja, irmãos, com o vosso Espírito. Amem. (Gl 6: 18).