segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A ESTRAVAGÂNCIA DO AMOR.


Texto: João 12: 1-3 – Seis dias antes da Páscoa Jesus chegou a Betânia, onde vivia Lázaro, a quem ressuscitara dos mortos. Ali prepararam um jantar para Jesus. Marta servia, enquanto Lázaro estava à mesa com Ele. Então Maria pegou um frasco de nardo puro, derramou-o sobre os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos. E a casa encheu-se com a fragrância do perfume.
            O fim de Jesus estava muito próximo. O fato de ter ido a Jerusalém no momento da Páscoa era um ato de coragem suprema porque as autoridades judaicas já o tinham condenado, conforme João 11: 57. As multidões que chegavam a Jerusalém para a festa eram tão numerosas que não havia forma de conseguirem alojamento dentro da própria cidade. Betânia era um dos lugares fora dos limites da cidade que a lei estabeleceu como sitio apropriado para alojar os peregrinos.
            Quando Jesus chegou a Betânia ofereceram uma festa e uma refeição. Apesar de João não deixar claro no texto, mas esta festa deve ter se passado na casa de Marta, Lázaro e Maria. Porque em que outra parte Marta, poderia servir senão em sua própria casa?
            E aqui nos encontramos com uma serie de pequenas descrições de personagens que muito nos ensinam.
            A primeira descrição que temos é a personalidade de Marta. O texto nos diz que Marta servia a mesa. E aqui eu me deparo com uma frase subtendida que fala muito alto e que diz: “FORA COM A PREGUIÇA”! Cristo prometeu que se alguém o servisse, o Pai lhe honraria. Marta sempre foi uma mulher coerente, amava a Jesus; tinha seus pés sobre a terra; e a única forma de Marta demonstrar o seu amor, era mediante o trabalho feito com as suas próprias mãos. Marta dava tudo o que podia dar. Hoje vemos que, mais de um homem que se destaca no mundo, só chegou a ser o que foi, porque alguém se ocupava dele e de suas necessidades vitais com amor no lar. Pode-se servir a Jesus tanto na cozinha como no estrado publico, ou até mesmo através de uma carreira que se exerce sob o olhar de todos os homens.
            A segunda descrição que temos é a personalidade de Lázaro. Ele estava sentado à mesa com o mestre Jesus. Que privilegio! Outros tiveram experiência similar. Davi disse no Salmo 23: 5ª: “Preparas um banquete para mim...”. Lázaro sentado, quieto, aproveitado a presença de Jesus em toda a sua essência. Quem já teve este privilegio de se assentar junto aos pés de Jesus sabe exatamente o que isto representa. Que cada um de nós possa experimentar este momento de assentar-se à mesa com Jesus. Em Cantares (ou Cântico dos Cânticos) 1: 7, a noiva anseia e suplica ao amado: “conte-me, você, a quem amo, onde faz pastar o seu rebanho?”. Eu aprendo com Lázaro, que precisamos sempre reservar um tempo para também nos assentar com Jesus, para que Ele nos alimente com a sua palavra a nossa alma.
            E a terceira descrição que temos é a personalidade de Maria! Quanto temos que aprender com ela! Maria é aquela que acima de todas as coisas, amava Jesus. E nesta ação de Maria, vemos a extravagância do amor!
            Maria tomou o objeto mais prezado e caro que possuía e gastou todo em Jesus. O amor jamais será autentico se agente começar a calcular os custos com cuidado. O amor verdadeiro, da tudo e a única coisa que lamenta é que não tenha mais nada para dar.
            Quero contar uma pequena estória para ilustrar o amor genuíno e extravagante.
            Um jovem casal, que era muito pobre, mas estavam profundamente apaixonados. Vou chamá-los de João e Maria. Cada um deles tinha só uma coisa que lhes pertencia de maneira especial. O cabelo de Maria era o seu orgulho. Quando ela os soltava, era quase como um manto que lhe cobria os ombros e as costas. Não havia ninguém que não admirasse aqueles cabelos bem cuidados. E João possuía um relógio de ouro que tinha herdado do pai, e que também era o seu orgulho. Era véspera de natal, e Maria tinha apenas R$ 10,80 em sua bolsa para comprar o presente de seu amado João. Ela então fez a única coisa que estava em seu poder fazer: saiu pelas ruas da cidade e vendeu o seu cabelo por R$ 300,00. Com o dinheiro comprou uma cadeia de platina para guardar o precioso relógio de ouro de João. Quando João voltou para casa à noite e viu o cabelo curto de Maria, se deteve petrificado. Não se tratava de que não gostasse, ou tivesse deixado de amar Maria por isso. Ela esta até mais formosa do nunca. Lentamente João lhe entregou o seu presente. Era um par de pentes para prender cabelos, muito caros, com pedras incrustadas nas bordas, tinha comprado para que luzissem em sua cabeleira. Ele tinha vendido seu bonito relógio de ouro para adquiri-los. Cada um entregou para o outro tudo o que possuíam de mais valioso. O amor autentico e verdadeiro não pode conceber outra forma de dar.
            Assim fez Maria. Ela adorou o senhor Jesus, ela derramou tudo – seu coração, sua alma, riquezas e seu orgulho – deixou tudo aos pés do Senhor Jesus.
CONCLUSÃO.
            Marta nos ensina que não importa o façamos, desde que seja feito com muito amor e dedicação, pois só assim demonstramos todo o nosso louvor, honra e gloria ao nosso Salvador.
            Lázaro nos ensina que devemos dedicar um tempo muito especial para que Jesus possa nos ensinar e nos alimentar, e este tempo, é aquele tempo que dedicamos a oração e a leitura da Palavra.
            E Maria nos ensina que estas duas coisas acima também são formas de demonstrar o nosso amor a Jesus, mas também nos alerta que o nosso amor por Jesus pode e deve ir muito alem disso. O amor incondicional, profundo e completo é entregar a Jesus tudo, dar sempre o nosso melhor.

Pregação para o culto do dia 26/ 09/ 2012, na Paróquia Apostolo Pedro - IECLB, Jaraguá do Sul - SC.