domingo, 18 de dezembro de 2011

TENHA A ALEGRIA DE VIVER

Textos: NE 8: 1-10; Rm 6: 1-4.
Introdução: Ao ler e refletir nestas duas passagens bíblicas, algumas coisas me fazem buscar mais profundamente o que Deus quer falar ao meu coração, e desta maneira, procurar transmitir com mais clareza para todo aquele que anseia por gravar as Palavras do Senhor Deus em seus corações e praticá-la em sua vida.
1. O ANSEIO PELO LIVRO: percebo em primeiro lugar, que havia uma disposição de considerável receptividade, não somente na vinda do povo em multidões, como no seu pedido no sentido do Sacerdote e escriba Esdras ler as escrituras diante deles. Assim espero eu que esta mesma disposição todos vocês tenham para o que Deus tem para nos dizer nesta noite. O interessante neste texto que também me chamou a atenção foi no fato de que este evento, tão importante não se deu no pátio, ou até mesmo dentro do templo, como era de costume, mas foi num centro de vida da cidade. E a própria lei insistia que a sua voz não devesse estar confinada ao santuário, mas, sim, ouvida nas casas e nas ruas.
2. A COMPREENSÃO CORRETA DO LIVRO: O tema principal de Neemias, assim como do livro de Esdras, é que Deus opera soberanamente por meio de agentes humanos responsáveis a fim de realizar o seu propósito redentor. O autor desenvolve este tema em Neemias com atenção especial à reconstrução e edificação das muralhas defensivas de Jerusalém e à reconstituição de todo o povo de “Israel” em seu relacionamento com Deus baseado na aliança. Quero fazer um paralelo deste relato em Neemias com a reconstrução do relacionamento entre Deus e os homens, e o que isso representa em nossas vidas.
• O povo estava chorando enquanto ouvia as palavras da lei. Os motivos deste choro, eu destacaria três: 1) Porque quando Deus começa a nos reconstruir sentimos a dor das feridas do pecado. 2) Em uma reconstrução sempre haverá entulhos para ser jogado fora: que entulhos, em nossa vida precisam ser eliminados. 3) Deus, através de Seu Filho Jesus, é o único que é capaz de remover os entulhos e nos dar uma nova vida.
• Este versículo que lemos, nos trás três dimensões para se estudada:
• Jesus morreu pelo meu e pelo seu pecado;
• Na cruz Jesus assumiu toda a nossa culpa;
• Assim Jesus nos livrou de toda a condenação.
Então Neemias diz: “Podem sair, e comam e bebam do melhor que tiverem, e repartam com os que nada têm preparado. Este dia é consagrado ao Nosso Senhor. Não se entristeçam porque a alegria do Senhor os fortalecerá.” E a pergunta que agora é: Qual é a alegria de viver?
• Saber que Deus se importa comigo, apesar dos meus pecados;
• Saber que Deus quer reconstruir um relacionamento comigo;
• Ter a certeza que só com Jesus eu posso alcançar a verdadeira salvação.

A LEI E A GRAÇA

Texto principal - Gl 3: 15-25.
A Lei não pode invalidar a promessa:
Irmãos, falo como homem. Ainda que uma aliança seja meramente humana, uma vez ratificada, ninguém a revoga ou lhe acrescenta alguma coisa.
Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: aos descendentes, como se falando a muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo.
E digo isto: uma aliança já anteriormente confirmada por Deus, a lei, que veio 430 anos depois, não pode ab-rogar, de forma que venha a desfazer a promessa.
Porque, se a herança provém de lei, já não decorre de promessa; mas foi pela promessa que Deus a concedeu gratuita a Abraão.
Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela Mão de um mediador.
Ora, o mediador não é de um, mas Deus é um.
É, por ventura, a lei contrária às promessas de Deus? De modo nenhum! Porque, se fosse promulgada uma lei que pudesse dar a vida, a justiça, na verdade, seria procedente da lei.
Mas a escritura encerrou tudo sob o pecado, para que, mediante a fé em Jesus Cristo, fosse à promessa concedida aos que crêem.
Mas, antes que viesse a fé, estávamos sob a tutela da lei e nela encerrados, para essa fé que, de futuro, haveria de revelar-se.
De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fossemos justificados por fé.
Mas, tendo vindo à fé, já não permanecemos subordinados ao aio.


- Aqui o apóstolo Paulo continua expondo “a verdade do evangelho”, quer dizer que a salvação é um dom gratuito de Deus, recebido por meio da fé no Cristo crucificado, independentemente de qualquer mérito humano. Ele esta enfatizando isto porque os judeus não conseguiam aceitar o principio da “fé somente”. Eles insistiam em que os homens tinham que contribuir com alguma coisa para a sua salvação.
Assim, acrescentavam à fé em Jesus “as obras da lei” como outro fundamento essencial para o individuo ser aceito por Deus.
A maneira como Paulo apresenta o plano divino da salvação gratuita vem do Antigo Testamento. A fim de entender o seu argumento e sentir a sua força temos que captar tanto a historia quanto a teologia que se encontram por trás do seu raciocínio.
a). A historia:
Vamos voltar lá para o A. T., mais precisamente para Abraão, e daí para Moisés, que viveu alguns séculos mais tarde. Embora seu nome não apareça aqui, mas com toda a certeza Moisés é o “mediador” citado no verso 19.
Vamos recordar então, peço que os amados irmãos me ajudem:
- Onde Abraão morava quando Deus o Chamou? Ur dos Caldeus
- Qual foi à promessa de Deus a Abraão? Daria-lhe uma semente, ou prosperidade, numerosa. Que daria a ele e aos seus descendentes uma terra e que em sua descendência todas as famílias da terra seriam abençoadas.
O versículo 17 refere-se a um período de 430 anos, o qual corresponde não somente ao tempo entre Abraão e Moisés, como também o tempo de escravidão do povo de Israel no Egito. Finalmente séculos depois de Abraão, Deus levantou Moisés, e através deste libertou os israelitas da escravidão e deu-lhes a lei no Monte Sinai. Em resumo esta é a historia que liga Moisés a Abraão.
b) A Teologia:
A forma como Deus lidava com Abraão e Moisés fundamentava-se em dois diferentes princípios. A Abraão Deus deu uma promessa (...Vai para terra que te mostrarei... Te abençoarei... etc.). A Moisés, porém, deu uma lei resumida aos 10 mandamentos. Qual é a diferença entre estes dois princípios?
- Na promessa a Abraão, Deus disse: “mostrarei... farei... abençoarei...”, mas na lei de Moisés Ele disse: “Não... não... não”.
A maneira de Deus lidar com Abraão encaixava-se na categoria da “promessa”, da “graça” e da “fé”. Mas a forma como Ele lidava com Moisés encaixava-se na categoria da “lei”, dos “mandamentos” e das “obras”.
Então Paulo vai dividir o assunto em duas partes: os versos de 15 a 18 são negativos, ensinando o que a lei não é, ou seja, que ela não anulou a promessa de Deus. Dos versos 19 a 22 são positivos, ensinando o que a lei é, que dizer, que a lei iluminou a promessa de Deus.
1) A lei não anula a promessa de Deus:
O apóstolo inicia o verso 15 dizendo: “... falo como homem”, dando um exemplo humano. Podemos até mudar esta sentença para: “sirvo-me de uma comparação de fácil entendimento”. Esta comparação podemos extrair do reino das promessas humanas, não de um contrato comercial, mas de um testamento, que hoje chamamos de “o ultimo desejo” .
O ponto que Paulo destaca é que os desejos e as promessas expressos em um testamento são inalterados. E certamente não pode ser alterado por ninguém depois que o testante já morreu. Seja qual for o antecedente legal exato, e aqui está o argumento: se o testamento de um homem não pode ser ignorado nem modificado, muito menos as promessas de Deus, que são imutáveis.
Essa era a promessa de Deus. Era livre e incondicional, sem qualquer compromisso. A lei não veio, portanto desfazer a promessa, para realizar um novo pacto no qual o homem precisa fazer para receber. Pois se assim for temos um fardo muito pesado, e se nossa justificação vier pela lei... sinto muito em dizer, mas estamos todos condenados. Muito menos Jesus veio revogar a lei, mas cumpri-la. Aquilo que os judeus usavam como fardo encima das pessoas Jesus aliviou para todos nós, pois não estamos mais debaixo da lei e sim da graça.
2) A lei ilumina a promessa:
A lei tem dois motivos importantes a serem destacados:
a) A lei serve para nos revelar o pecado; em Rm 3:20 “Pela lei vem o pleno conhecimento do pecado”
b) A lei serve para nos afastar do pecado;
- No verso 19, Paulo destaca “Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões.”
- Mas devemos tomar muito cuidado, pois cada vez que vamos exortar um irmão ou uma irmã citando um versículo bíblico, pois a primeira chicotada deste verso deve ser sempre pra nós mesmos. Ou seja, este verso deve primeiro falar pra nós, devemos saber interpretar aquilo que vamos falar, e não é preciso ser Bacharel em Teologia, Pastor, missionário ou um grande estudioso da Palavra, pois o Espírito Santo nos dá este entendimento quando abrimos o coração e a mente pra isso. Vou dar um exemplo: quero exortar o meu irmão que deu uma pisada de bola e digo: Meu irmão a Palavra do Sr em Joel 2:12 diz: “Ainda assim, agora mesmo, diz o Senhor: convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto.” A pergunta é: eu entendi o peso da lei que eu coloco nos ombros do meu irmão? Antes, não deveria eu entender exatamente o que este verso quer dizer pra mim, e então dividir o fardo da lei com o meu irmão?
Conclusão;
A exposição de Paulo parece estranha aos nossos ouvidos. Mas ele esta expondo aqui alguma verdades eternas.
Atualmente a igreja precisa de uma filosofia cristã bíblica e histórica. A maioria de nós cristãos está míopes e intolerantes. Vivemos tão preocupados com nossos negócios que nem o passado e muito menos o futuro nos interessa. Precisamos dar um passo atrás a fim de perceber todo o conselho de Deus, o seu propósito eterno para um povo remido para Ele através de Jesus Cristo.
Só depois que a lei nos fere e esmaga é que admitimos a nossa necessidade do evangelho da graça para curar as nossas feridas. Só depois que a lei tiver condenado e matado é que vamos clamar a Cristo por justificação e vida. Só depois que a lei nos tiver humilhado até o inferno é que vamos buscar o evangelho para nos levar até o céu.

O SENHOR te abençoe e te guarde;
O SENHOR faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti;
O SENHOR sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

UMA VISÃO DA MISSÃO NO LIVRO DE AGEU.

CAPÍTULO 1:
O capitulo 1 do livro de Ageu, começa com uma severa exortação de Deus a seu povo.
Judá havia retornado do cativeiro e com muito esforço e animo começou a reconstruir o templo. Lamentavelmente este zelo acabou logo; o interesse dos que regressaram estava somente em reconstruir suas próprias casas.
Nos versos 2-4, existe uma admoestação severa: Deus repreende-os pelo seu adiamento, sua indiferença no trabalho para com Ele. Qual foi a causa disso? O egoísmo. Pensavam apenas em seus bens, porém a casa e a honra de Deus era-lhes indiferente.
E nós? Quantas vezes nos esquecemos do nosso chamado pelos nossos próprios interesses? Quantas vezes deixamos de fazer a obra de Deus pelo egoísmo existente em nosso coração? E quando fazemos a obra, muitas vezes a fazemos para a nossa própria honra e glória e nunca pela honra e gloria de Deus.
Nos versos 5 e 6, Deus mostra-lhes as conseqüências: Ele lhes diz: reflitam e pensem: vocês tiveram benefícios? Deus pode abençoá-los? Vocês não fracassaram em tudo? Perguntem pela causa. Vocês fizeram tanto para Deus quanto fizeram para si mesmos?
Olhando para nossa própria vida, a pergunta é: como tem sido nosso comportamento diante daquilo que Deus quer de nós? Nossas atitudes tem nos trazido algum beneficio? O que temos feito para Deus e na mesma proporção que fazemos a nós mesmos? É hora de começar a pensar mais nas coisas de Deus do que em nós mesmo.
Apartir do verso 8, a ordem de Deus é muito clara, Ele manda agir. Precisamos pensar, onde vamos chegar se continuarmos fazendo as mesmas coisas que estamos fazendo até agora. Se quisermos obter o agrado de Deus e novas bênçãos, precisamos colocar Deus em primeiro lugar em nossas vidas, começar o trabalho imediatamente.
Judá não colocou Deus em primeiro lugar. Em Mt 6: 33 nos adverte a buscar, em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, e todas as coisa nos serão acrescentadas. Foi por esta razão que Judá, não recebeu as bênçãos. A mensagem para missão neste capitulo de Ageu, e seu apelo é: quem não coloca Deus e sua causa em primeiro lugar sofre muitos danos.
Porem muitas vezes nossas vontade de colocar Deus em primeiro lugar deixamos de ser uma ajuda e nos tornamos um obstáculo para a obra de Deus. E é sobre isso que o capitulo 2 de Ageu nos fala.
A pergunta é: somos uma ajuda ou um obstáculo? Vamos falar dos homens que impediram a obra.
Primeiro eram os inimigos de Israel, em Ed 4: 4, 23-24, lemos que as pessoas da terra desanimavam o povo de Judá, inquietando-os no edificar e também homens armados forçara a paralisação da construção do templo. Quem são os nossos inimigos que nos desanimam e nos fazem parar e muitas vezes até voltar para nossa vida antiga?
Segundo, os desanimados eram do próprio povo de Israel, e o desanimo veio pelo pouco progresso. Também pelo egoísmo, que havia em seus corações, fez com que edificassem primeiro as suas próprias casas. E como não poderia deixar de ser, a desculpa era: Não veio ainda o tempo em que a casa di Senhor deve ser edificada. (Ag 1: 20).
Aqui cabem algumas perguntas pertinentes: qual é o desanimo que nos impede de nos entregarmos definitivamente a Deus e sua obra de salvação? Qual é o nosso principal egoísmo que nos faz pensar primeiro em nós mesmo, para depois, se sobrar um tempinho eu penso em Deus? Qual é minha principal desculpa para não dizer o “SIM” para o Sr Jesus e recebê-lo como meu único e suficiente salvador?
Ageu animou-os com a palavra de Deus e mostrou, ao mesmo tempo, que Deus reteve sua benção, porque negligenciaram a sua obra, Deus disse através de Ageu: Considerai o vosso passado. (Ag 1: 7).
Eu quero citar duas motivações ditas pelo próprio Deus em vários momentos da Bíblia:
- “Eu estou convosco. (Ex 3: 12; Js 1: 5-7; Jz 6: 14,16; Mt 28: 20).
- “Sede fortes”. (vs. 4-5; Ef 6: 10; 1Co 16: 13; 1Jo 2: 14).
A esperança dos fieis esta sempre no Senhor. Ageu transmitiu sete promessas ao povo, e que estas promessas sirvam para todos nós que estamos dispostos a entregar toda a nossa vida e tudo o que somos nas mãos de Deus. As promessas são:
1 – Eu sou convosco. (v. 4).
2 – Meu Espírito habita no meio de vós. (v. 5).
3 – Abalarei o céu e a terra. (vs. 6-7).
4 – Todas as nações virão a Israel. (v. 7).
5 – Deus promete riquezas. (v. 8).
6 – A sua gloria enchera o templo. (v.7).
7 – Deus lhes dará sua paz. (v.9).
Este chamado e estas promessas é para todos os que aceitarem Jesus como o mestre de suas vidas, que O aceitarem como único e suficiente salvador de suas vidas.

O QUE O SERVO DE DEUS NECESSITA

Texto principal: 2Rs 4: 8-11.
A sunamita preparou um quarto para Eliseu onde se encontra quatro objetos: Cama, Mesa, Cadeira e Candeeiro.

1. A cama é um símbolo que nos fala de nosso descanso em Cristo – em Mt 11: 28, Jesus nos diz: “Vinde a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.
Muitas vezes nos sentimos cansados não só em nossos esforços físicos, mas também o nosso lado espiritual principalmente. Quando nos sentimos oprimidos, por inveja, ciúme de pessoas que deveriam nos abençoar. Somos muitas vezes, atacados em nosso trabalho pelo fato de nos declararmos oficialmente “cristãos”. Pessoas que de alguma forma conspiram contra nós. Também, nossos próprios erros, pecados, iras e muitas vezes magoas que mal resolvidas nos tornam cansados, estressados, a ponto de muitas vezes nos bater um desanimo e uma vontade de desistir. Mas o importante é não nos deixar abater, e olhar para cruz de Cristo e saber que é lá que esta o nosso descanso. A nossa cama para o repouso e o alivio de nossas feridas internas, são os braços de Jesus sempre abertos para nos aliviar e nos fazer descansar.

2. A mesa é o símbolo da nossa comunhão com Cristo; no Salmo 23:5 diz: “prepara-me uma mesa na presença de meus adversários, unge-me a cabeça com óleo; meu cálice transborda”. E também em Jo 21: 12 Jesus convida seus discípulos a comer com Ele.
O que eu aprendo com isso que alem de Jesus aliviar o nosso cansaço, Ele ainda nos convida a sentar em sua mesa e a Cear com Ele. E nos coloca diariamente o alimento sobre a nossa mesa, não só o alimento material, mas também o espiritual. Depende de nós tomarmos ou não este alimento e fazer bom uso, lendo a Bíblia e compartilhando o amor de Deus com as pessoas mais próximas a nós.

3. A cadeira, do Mestre, do professor. A cadeira é o símbolo do ensino. No evangelho de Lucas 10: 39 diz: “tinha ela uma irmã, chamada Maria, e esta quedava-se assentada aos pés do Senhor a ouvir-lhe os ensinamentos”. Uma vez eu li ou ouvi a seguinte frase: “a posição mais alta que um homem pode chegar, é quando dobra os joelhos para orar”. Talvez tenha sido Sto Agostinho que tenha dito isso, mas enfim, esta frase engloba grandes verdades – não há posição mais alta do que a de se assentar aos pés de Jesus e aprender dEle. É dispensar tempo para ler, e refletir nos evangelhos, e em cada capitulo ou versículo poder ouvir a voz suave de Cristo nos ensinado. É por alguns momentos esquecer o mundo que nos rodeia. Aprender com Jesus, viver com Jesus e praticar tudo o que aprendemos. Muitas vezes, nós entendemos tudo o que Jesus nos ensina, mas nos falta o praticar, o nosso orgulho, nossa soberba e a nossa pseuda-capacidade nos impede de praticar aquilo que Jesus nos ensina.

4. O candeeiro é o símbolo do testemunho – Jesus nos fala em Mt 15: 14 que um cego não pode guiar outro cego, pois ambos cairão no barranco; e em Fp 2: 15 Paulo nos exorta para sermos incorruptíveis, sinceros, inculpáveis, irrepreensíveis para podermos ser testemunhas em meio a um mundo cheio de perversão, pecados e corrupções. Em meio a tudo isso devemos refletir a luz de Deus neste mundo perdido. Como agente faz isso? Tendo um coração, longe da inveja, do ciúme, tendo um coração que ama e que abençoa. Boca sempre pronta para edificar e não amaldiçoar com criticas, com insinuações maldosas, pensamentos sempre puros e voltados para fazer o bem.tendo, enfim uma vida na qual podemos ser benção para os irmãos, mesmo aqueles que ainda não pertencem a Família de Cristo. E finalmente, devemos viver plenamente os ensinamentos de Jesus.
Fica uma pergunta a todos nós: temos aliviado a carga de nossos irmãos?
Temos aliviado os cansados com palavras de animo, conforto e amor?
Temos alimentado os famintos não só com pão material, mas também com a palavra da vida que vem de Deus através de seu filho Jesus?
Temos aproveitado nosso tempo ocioso para ouvir os ensinamentos de Jesus através da Bíblia?
O nosso testemunho é compatível com aquilo que temos aprendido de Jesus, ou seja, vivemos plenamente o que ensinamos?
Em Cristo achamos a Paz e o descanso e tomamos sobre nós o Jugo do serviço. Agora estamos em comunhão com Ele, assentados à sua mesa e testemunhamos daquilo que experimentamos. Deixo aqui para finalizar um versículo de 1Jo 1:3 que diz: “o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com O seu Filho Jesus Cristo”.
OREMOS

domingo, 14 de agosto de 2011

O VERDADEIRO CRISTÃO.


Texto principal: At 1: 4 – 8;
Textos auxiliaries: Mt 7: 24 e 25 - Jz 8: 4 – 1Co 15: 58 – At 1: 8 – Ef 6: 10-12 – 1Co 9: 24-27.
- Pergunta para reflexão: “Como a minha ignorância a respeito de como ser um verdadeiro Cristão pode me aproximar de Deus e me ajudar a cumprir o meu chamado, a minha missão?

1. Como um construtor que edifica sobre um bom fundamento: “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha.” (Mt 7. 24 e 25).
- Não basta apenas ouvir a palavra, ou ter grande conhecimento bíblico, se não praticarmos a palavra. E praticar significa compartilhar, viver e ser o que se fala.

2. Como um lutador, muitas vezes cansado, mas que continua a lutar: “Vindo Gideão ao Jordão, passou com os trezentos homens que com ele estavam cansados, mas ainda perseguindo.” (Jz 8: 4).
- Nossa luta diária, trabalho, estudo e outras atividades, nos deixam muitas vezes estressados e com o sentimento, muitas vezes, de derrotados. Mas devemos olhar para o alvo, para o nosso chamado.

3. Como um servo de Deus firme e inabalável: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é em vão.” (1Co 15: 58).
- Quando temos a certeza do nosso chamado, para aquilo que Deus nos tirou do nosso lugar comum, nossas atitudes devem ser firmes e precisas em direção do alvo.

4. Como uma testemunha de Cristo revestida de poder: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo.” (At 1: 8).
- E para estarmos revestidos do Espírito Santo de Deus temos apenas um caminho a fazer: Oração! Minha pergunta é: como esta minha vida de oração para com Deus? Quanto tempo eu ganho na presença de Deus através da oração?

5. Como um soldado vestido de armadura: “Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestes.” (Ef 6: 10-12).
- Contra o que tem sido a nossa luta? Nosso desanimo muitas vezes vem de forças espirituais e não de cansaço. Por isso Paulo fala que a nossa luta não é contra o sangue ou carne. E novamente temos que nos colocar diariamente aos pés de Deus para sermos revestidos da sua armadura, isso significa em outras palavras, ORAÇÃO.

6. Como um atleta em busca da coroa: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos na verdade, correm, mas um só leva o premio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo o atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porem, a incorruptível. Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu próprio corpo e o reduzo a escravidão, para que tendo pregado a outros, não venha eu mesmo ser desqualificado.” (1Co 9: 24-27).
- O cristão verdadeiro sabe aonde esta e para onde vai, tem metas e objetivos claros, não desvia seu olhar do alvo que persegue, seu objetivo é a vitoria, é a coroa incorruptível, aquela que apenas os justos, os lutadores, aqueles que persistem sem olhar para circunstancias contrarias, que não se deixam abater pelo desanimo ou cansaço. A pergunta que fica para mim e para você: estou disposto a pagar o preço pelo meu chamado, ser um cristão verdadeiro?

VAMOS ORAR!

Curitiba, 30 de julho de 2011.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

JESUS O VERDADEIRO SUMO SACERDOTE.

Texto principal: Hb 4: 14 – 5: 10
14 Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão.
15 Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.
16 Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.
1 porque todo sumo sacerdote, sendo tomado dentre os homens, é constituído nas coisas concernentes a Deus, a favor dos homens, para oferecer tanto dons como sacrifícios pelos pecados,
2 e é capaz de condoer-se dos ignorantes e dos que erram, pois também ele mesmo é rodeado de fraquezas.
3 E, por esta razão, deve oferecer sacrifícios pelos pecados, tanto do povo como de si mesmo.
4 Ninguém, pois, toma esta honra para si mesmo, senão quando chamado por Deus, como aconteceu com Arão.
5 Assim, também Cristo a si mesmo não se glorificou para se tornar sumo sacerdote, mas glorificou aquele que lhe disse: Tu é meu filho, eu hoje te gerei;
6 como em outro lugar também diz: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.
7 Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lagrimas, orações e suplicas a quem podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade,
8 embora sendo Filho, aprendeu, a obediência pelas coisas que sofreu
9 e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da Salvação eterna para todos os que lhe obedecem,
10 tendo sido nomeado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.

ENTENDENDO A EPÍSTOLA DE HEBREUS:
Hebreus é um livro intrigante e poderoso. Não sabemos quem o escreveu, nem onde moravam e quem eram exatamente as pessoas para as quais foi, originalmente, escrito. Porém, sua mensagem nos conduz às profundezas de Deus e nos aponta os princípios fundamentais do discipulado cristão.
Creio que o seu autor é essencialmente um pregador, totalmente dedicado a Deus e com preocupação pastoral por uma comunidade em crise. Mas a sua paixão é expressa através de uma obra cuidadosamente estruturada e redigida. Tanto a mente quanto o coração estão comprometidos.
A introdução deste sermão declara que o Filho de Deus é “o resplendor da gloria de Deus e a expressão exata do seu Ser” (Hb 1:3). E em Hb 2:14 diz que o Filho de Deus se tornou “carne e sangue”, naquele que conhecemos como Jesus, expressando assim o desejo e o compromisso de Deus de encontrar-se conosco onde nós estamos e nos levar à gloria da sua presença. Essa verdade transformadora deve ser um impulso à fé e à esperança, mesmo que as circunstancias nos levam aos limites da resistência.
O tema principal do autor é Deus e sua missão de salvação. A linguagem e as analogias usadas tem muito a ver com o culto e o nosso meio de acesso a Deus. Em tudo isso, Jesus tem um papel fundamental. Para o autor de Hebreus, olhar firmemente para Jesus significa contemplar a vida e a natureza de Deus.


ENTENDENDO O TEXTO
Dito isso precisamos entender algumas coisas que eu creio serem importantes para traçarmos um estudo mais profundo deste texto, e então tirarmos lições importantes para nossa vida e nossa caminhada de fé.
Primeira coisa que devemos definir e entender e o que é e o que representava (ou representa) um sacerdote? – Sacerdote é aquele que faz ou ministra sacrifícios a Deus entre os hebreus. Os gentios também o chamavam de sacrificador. Antes de considerar os vários aspectos bíblicos do sacerdote, é necessário mostrar quais as características essenciais do sacerdócio. O que, na qualidade de sacerdote, ele devia fazer que nenhum outro pudesse realizar sob quaisquer circunstancias? A definição mais exata esta em Hb 5:1: o sacerdote é constituído nas coisas concernentes a Deus, a favor dos homens. Isso significa que ele apresentava coisa, dons e sacrifícios ao senhor, ofertas dos homens a Deus.
O ato do sacerdote, na sua obra para Deus, é sempre acentuado na Escritura (Ex 28:1; Ez 44:16; Hb 7:25). No tempo dos patriarcas, o chefe da família ou tribo atuava como sacerdote, representando sua família diante de Deus, como foram Noé, Abraão, Isaque e Jacó. Na época do Êxodo, havia israelitas que possuíam o direito do sacerdócio e o exerciam; mas tornou-se necessário designar uma ordem especial para desempenhar os deveres sacerdotais, sendo a tribo de Levi a escolhida para tal. Dessa tribo, saíram os sacerdotes “araônicos”, mediadores entre o homem e Deus. Os filhos de Arão eram sacerdotes, a não ser os excluídos por alguma incapacidade legal. Assim o sacerdócio atestava a vida pecaminosa do homem, a santidade de Deus e, por conseqüência, a necessidade de haver certas condições para o pecador poder se aproximar da divindade. O homem deveria ir até Deus por meio de sacrifício e estar perto de Deus pela intercessão.
Neste texto algo que me chamou muito a atenção, e que precisou também um estudo mais profundo, foi a citação de um tal Melquisedeque nos versos 6 e 10. Minha pergunta foi: quem foi esse Miquesedeque? Minhas versões me levavam para o Sl 110:4 que diz: “O Senhor jurou e não se arrependerá: tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.” Procurando referencias neste Sl retornava para os versículos citados e ainda para Hb 7:1-3. O que me intrigava era de onde estes autores tiraram este nome. Desculpem-me os teólogos e os leitores assíduos da Bíblia, mas eu não fazia idéia de onde vinha este nome, e nem lembrava se algum dia eu tivesse lido sobre este cara. E graças a Deus isso fez com que mais uma vez eu fosse pesquisar, fuçar, e aprender mais nas Escrituras, pois este nome tinha que estar por lá em algum lugar, uma coisa eu tinha certeza: eu iria encontrar este nome entre Genesis e Apocalipse. Graças a Deus não precisei ler muitos livros, pois encontrei a única e pequena citação de Melquisedeque em Gn 14; 18-20 que diz: Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pães e vinho; era sacerdote do Deus altíssimo; abençoou e Abraão disse: bendito seja Abraão pelo Deus altíssimo, que possui os céus e a terra; bendito seja o Deus altíssimo que entregou os teus adversários nas tuas mãos. E tudo lhe deu Abraão o dizimo.
Já vimos que na época dos patriarcas não existiam sacerdotes designados, então como aparece este homem que a Bíblia diz que era rei e sacerdote? E porque Abraão lhe dá o dizimo? Esta é a única aparição do misterioso rei/sacerdote de Salém (provavelmente Jerusalém; o nome significa “paz”). Melquisedeque, na tradução do hebraico, significa rei de justiça. Em Hb 7, o autor entende que Melquisedeque era maior que Abraão, pelo fato de ele tê-lo abençoado, e o dizimo oferecido a ele por Abraão reflete o respeito de Abraão por Melquisedeque como sacerdote do Deus verdadeiro. Mas o texto de Gn não informa qual a autoridade ou ancestrais e descendentes tinha Melquisedeque, coisas extremamente importantes para qualquer homem que reivindicasse realeza ou status sacerdotal. Por isso que seu duplo papel de rei e sacerdote levou autores considerá-lo um prenuncio do Messias. Esse ponto é tratado de modo amplo em Hb 7: 1-10, em que a relação entre Melquisedeque e Cristo, como tipo e antítipo, se da nas seguintes particularidades: a) ambos são sacerdotes, mas não segundo a ordem levitica; - b) os dois tem superioridade sobre Abraão; - c) não se conhece seu principio e seu fim; - c) não são apenas sacerdotes, mas também são reis de paz e justiça.
CONCLUSÃO:
No Novo testamento, as poucas passagens nos Evangelhos em que ocorre a palavra “sacerdote” referem-se apenas ao sacerdócio judaico. Em relação ao cristianismo, o termo “sacerdote” nunca é aplicado senão a Jesus Cristo. No Novo Testamento, as funções sacerdotais, ligadas ao sacrifício e a intercessão, acham-se frequentemente relacionadas a Jesus Cristo, conforme lemos em Mt 20: 28; Rm 8: 34 e também em AP 1: 5. Porem somente aqui na Epístola aos Hebreus, essas funções lhe são atribuídas como sacerdote. O sacerdócio de Cristo é a nota principal da Epístola aos Hebreus e mostra a diferença entre a imaturidade e a maturidade espiritual. Os que conhecem Jesus Cristo como Salvador têm conhecimento elementar dele como Redentor; mas os que O conhecem como Sacerdote são conhecedores de maior conhecimento e experiências. A redenção é, em grande parte, negativa e implica livramento do pecado; contudo, o sacerdócio é inteiramente positivo, envolve o acesso a Deus. Os cristãos hebreus conheciam a Cristo como Redentor, mas deviam conhecê-lo também como Sacerdote, que oferece a oportunidade de um livre acesso a Deus em todos os tempos. Esse sacerdócio de Cristo está associado ao de Melquisedeque, um sacerdócio misterioso mencionado em Gn14: 17ss e recordado posteriormente no Salmo 110. O argumento de Hebreus é que, pelo Salmo ter mencionado um sacerdócio diferente do de Arão, alguma coisa superior a esse sacerdócio era necessária. O sacerdócio de Melquisedeque é utilizado para explicar a pessoa divina do sacerdote, com sua obra ilustrada pelo sacerdócio araônico, já que não havia uma obra sacerdotal em conexão com Melquisedeque. O Sacerdócio de Cristo é considerado estável e eterno, jamais delegado a qualquer outra pessoa, pois o sacrifício de Jesus é superior aos sacrifícios do Antigo Testamento, porque este sacrifício de Cristo ele é completo, é espiritual e totalmente eficaz para a redenção. Assim o sacerdócio de Cristo nos ensina a grande verdade de que o cristianismo é a “religião do acesso”; e comprova-se isso na exortação do “Aproximai-vos”.
Em Cristo, todos os crentes são sacerdotes. O ministro do evangelho, distinto do leigo, nunca é mencionado no Novo Testamento como sacerdote, mas como Presbítero ou Ancião, palavras comum a idéia inteiramente diferente. Em referencia aos crentes, mesmo o sacerdócio nunca esta associado aos cristãos individuais, mas à sua coletividade: “Sacerdócio Santo” citado em 1 Pe 2:5, a verdade fundamental sobre o sacerdócio é: o cristianismo é um sacerdócio, porem sem um sacerdote que não seja Ele: Jesus cristo.
Assim como os Hebreus foram exortados nesta Epístola, sejamos nós exortados também, reconhecendo e aceitando a Jesus, não somente como nosso redentor, mas acima de tudo o nosso verdadeiro e único Sacerdote que se fez sacrifício único e eterno para nossa salvação. A nossa parte é essa aceitação plena, pois só assim teremos o acesso ao santo dos santos onde se encontra o nosso Deus Todo Poderoso, e só poderemos entrar neste lugar se deixarmos o Sacerdote eterno Jesus nos conduzir.

sábado, 5 de março de 2011

Lei e Graça

Gl 3: 15-25.
A Lei não pode invalidar a promessa:
Irmãos, falo como homem. Ainda que uma aliança seja meramente humana, uma vez ratificada, ninguém a revoga ou lhe acrescenta alguma coisa.
Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: aos descendentes, como se falando a muitos, porem como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo.
E digo isto: uma aliança já anteriormente confirmada por Deus, a lei, que veio 430 anos depois, não pode ab-rogar, de forma que venha a desfazer a promessa.
Porque, se a herança provém de lei, já não decorre de promessa; mas foi pela promessa que Deus a concedeu gratuita a Abraão.
Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela Mao de um mediador.
Ora, o mediador não é de um, mas Deus é um.
É, por ventura, a lei contrária às promessas de Deus? De modo nenhum! Porque, se fosse promulgada uma lei que pudesse dar a vida, a justiça, na verdade, seria procedente da lei.
Mas a escritura encerrou tudo sob o pecado, para que, mediante a fé em Jesus Cristo, fosse à promessa concedida aos que crêem.
Mas, antes que viesse a fé, estávamos sob a tutela da lei e nela encerrados, para essa fé que, de futuro, haveria de revelar-se.
De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fossemos justificados por fé.
Mas, tendo vindo à fé, já não permanecemos subordinados ao aio.


_ Aqui o apóstolo Paulo continua expondo “a verdade do evangelho”, quer dizer que a salvação é um dom gratuito de Deus, recebido por meio da fé no Cristo crucificado, independentemente de qualquer mérito humano. Ele esta enfatizando isto porque os judeus não conseguiam aceitar o principio da “fé somente”. Eles insistiam em que os homens tinham que contribuir com alguma coisa para a sua salvação.
Assim, acrescentavam à fé em Jesus “as obras da lei” como outro fundamento essencial para o individuo ser aceito por Deus.
A maneira como Paulo apresenta o plano divino da salvação gratuita vem do Antigo Testamento. A fim de entender o seu argumento e sentir a sua força temos que captar tanto a historia quanto a teologia que se encontram por trás do seu raciocínio.
a). A historia:
Vamos voltar lá para o A. T., mais precisamente para Abraão, e daí para Moisés, que viveu alguns séculos mais tarde. Embora seu nome não apareça aqui, mas com toda a certeza Moisés é o “mediador” citado no verso 19.
Vamos recordar então, peço que os amados irmãos me ajudem:
- Onde Abraão morava quando Deus o Chamou? Ur dos Caldeus
- Qual foi à promessa de Deus a Abraão? Daria-lhe uma semente, ou prosperidade, numerosa. Que daria a ele e aos seus descendentes uma terra e que em sua descendência todas as famílias da terra seriam abençoadas.
O versículo 17 refere-se a um período de 430 anos, o qual corresponde não somente ao tempo entre Abraão e Moisés, como também o tempo de escravidão do povo de Israel no Egito. Finalmente séculos depois de Abraão, Deus levantou Moisés, e através deste libertou os israelitas da escravidão e deu-lhes a lei no Monte Sinai. Em resumo esta é a historia que liga Moisés a Abraão.
b) A Teologia:
A forma como Deus lidava com Abraão e Moisés fundamentava-se em dois diferentes princípios. A Abraão Deus deu uma promessa (...Vai para terra que te mostrarei... Te abençoarei... etc.). A Moisés, porém, deu uma lei resumida aos 10 mandamentos. Qual é a diferença entre estes dois princípios?
- Na promessa a Abraão, Deus disse: “mostrarei... farei... abençoarei...”, mas na lei de Moisés Ele disse: “Não... não... não”.
A maneira de Deus lidar com Abraão encaixava-se na categoria da “promessa”, da “graça” e da “fé”. Mas a forma como Ele lidava co Moisés encaixava-se na categoria da “lei”, dos “mandamentos” e das “obras”.
Então Paulo vai dividir o assunto em duas partes: os versos de 15 a 18 são negativos, ensinando o que a lei não é, ou seja, que ela não anulou a promessa de Deus. Dos versos 19 a 22 são positivos, ensinando o que a lei é, que dizer, que a lei iluminou a promessa de Deus.
1) A lei não anula a promessa de Deus:
O apóstolo inicia o verso 15 dizendo: “... falo como homem”, dando um exemplo humano. Podemos até mudar esta sentença para:” sirvo-me de uma comparação de fácil entendimento”. Esta comparação podemos extrair do reino das promessas humanas, não de um contrato comercial, mas de um testamento, que hoje chamamos de “o ultimo desejo” .
O ponto que Paulo destaca é que os desejos e as promessas expressos em um testamento são inalterados. E certamente não pode ser alterado por ninguém depois que o testante já morreu. Seja qual for o antecedente legal exato, e aqui esta o argumento: se o testamento de um homem não pode ser ignorado nem modificado, muito menos as promessas de Deus, que são imutáveis.
Essa era a promessa de Deus. Era livre e incondicional, sem qualquer compromisso. A lei não veio, portanto desfazer a promessa, para realizar um novo pacto no qual o homem precisa fazer para receber. Pois se assim for temos um fardo muito pesado, e se nossa justificação vier pela lei... sinto muito em dizer, mas estamos todos condenados. Muito menos Jesus veio revogar a lei, mas cumpri-la. Aquilo que os judeus usavam como fardo encima das pessoas Jesus aliviou para todos nós, pois não estamos mais debaixo da lei e sim da graça.
2) A lei ilumina a promessa:
A lei tem dois pontos importantes a serem destacados:
a) A lei serve para nos revelar o pecado; em Rm 3:20 “Pela lei vem o pleno conhecimento do pecado”
b) A lei serve para nos afastar do pecado;
- No verso 19, Paulo destaca “Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões.”
- Mas devemos tomar muito cuidado, pois cada vez que vamos exortar um irmão ou uma irmã citando um versículo bíblico, pois a primeira chicotada deste verso deve ser sempre pra nós mesmos. Ou seja, este verso deve primeiro falar pra nós, devemos saber interpretar aquilo que vamos falar, e não é preciso ser Bacharel em Teologia, Pastor, missionário ou um grande estudioso da Palavra, pois o Espírito Santo nos dá este entendimento quando abrimos o coração e a mente pra isso. Vou dar um exemplo: quero exortar o meu irmão que deu uma pisada de bola e digo: Meu irmão a Palavra do Sr em Joel 2:12 diz: “Ainda assim, agora mesmo, diz o Senhor: convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto.” A pergunta é: eu entendi o peso da lei que eu coloco nos ombros do meu irmão? Antes, não deveria eu entender exatamente o que este verso quer dizer pra mim, e então dividir o fardo da lei com o meu irmão?
Conclusão;
A exposição de Paulo parece estranha aos nossos ouvidos. Mas ele esta expondo aqui alguma verdades eternas.
Atualmente a igreja precisa de uma filosofia cristã bíblica e histórica. A maioria de nós cristãos está míopes e intolerantes. Vivemos tão preocupados com nossos negócios que nem o passado e muito menos o futuro nos interessa. Precisamos dar um passo atrás a fim de perceber todo o conselho de Deus, o seu propósito eterno para um povo remido para Ele através de Jesus Cristo.
Só depois que a lei nos fere e esmaga é que admitimos a nossa necessidade do evangelho da graça para curar as nossas feridas. Só depois que a lei tiver condenado e matado é que vamos clamar a Cristo por justificação e vida. Só depois que a lei nos tiver humilhado até o inferno é que vamos buscar o evangelho para nos levar até o céu.
Vamos orar:

(Pregação na IPB de Carambeí, PR, dia 06/03/2011, às 19:30h)